sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!


A Mulher Moderna deseja a todo os seus seguidores, leitores e amigos um Feliz 2011!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Depilação definitiva para uso doméstico, que espectáculo!

A evolução da depilação definitiva

Há vinte anos seria uma piada. Impensável. Inconcebível. A depilação definitiva era uma miragem, o laser era olhado com desconfiança, e a Luz Pulsada Intensa ainda mal se ouvia falar. A comunidade médica experimentava a medo, mas acabou por se render: não conseguiram provar que o laser ou a luz pulsada fossem prejudiciais para a pele, e só lhe encontraram benefícios ao nível da depilação e da higiene. Assim que a depilação a laser foi aprovada, começaram a nascer as ofertas de tratamentos de depilação definitiva pelos centros e marcas de estética mais conhecidas.

Como tudo o que é novo e tecnologicamente avançado, a depilação a laser era cara, dispendiosa,
e assustava as carteiras mais tímidas. Mas a tecnologia é como Nova Iorque, e nunca dorme.
Aos poucos estas técnicas tornaram-se mais acessíveis, e hoje em dia já existem franquias de
depilação a luz pulsada e laser, que oferecem preços mais baixos.


No entanto, um tratamento de depilação definitiva total nunca poderá ser barato, considerando
que uma sessão pode variar entre 30 a 100 euros, e o preço compreende apenas uma zona do
corpo. Tendo em conta que são necessárias cerca de 4 a 8 sessões para cada zona do corpo, esta
continua a ser uma despesa pesada para as carteiras mais magras.




Mas como a tecnologia continua com insónias, nasceram as máquinas de depilação definitiva para uso doméstico, como a RIO IPL 8000. Por apenas 399 euros, esta pequena evolução tecnológica
depila o seu corpo por inteiro, e diz adeus aos seus pêlos.

É ou não maravilhoso, o nosso século XXI?

Saiba mais aqui!

Não se esqueçam também de visitar:

Youtube: http://www.youtube.com/user/DepilacaoLuzPulsada

Twitter: https://twitter.com/RIOIPL8000

Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001293891132

Já viram o que eu encontrei?
Digam lá se não é um espectáculo, poder fazer a minha depilação no conforto do meu lar, sem gastar os balúrdios que as clínicas pedem.
Estou mesmo feliz, pois eu sou daquelas que já experimentou fazer às pernas e virilhas em clínicas e digo-vos que se gasta mesmo muito dinheiro. E ainda tem outra vantagem que é a vossa cara metade também a poder utilizar para eliminar os pêlos indesejados.

Se quiserem comprar é só clicar aqui

Digam-me o que acham, comentem!

Adoro! Adoro!

Adoro o estilo desta senhora, sempre linda e maravilhosa!
Continua assim Olivia Palermo.
E voçês gostam ?
Vá lá meninas não se acanhem e comentem.

Promoções do BOTICÁRIO

Meninas corram, não percam as promoções do BOTICÁRIO, estão demais com os produtos da gama Intense todos a 3€.
Eu já estou a fazer a minha lista de compras.........

Não percam estas e outras promoções, num BOTICÁRIO perto de si.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SPECIAL OFFERS!

Não percam esta oportunidade a MANGO está a fazer ofertas especiais, é os SALDOS meninas é os SALDOS, que já chegaram e eu já começei a espreitar.
Vejam tudo AQUI.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Como ter seios à medida do seu desejo

Aumentar ou diminuir são duas possibilidades colocadas ao dispor pela cirurgia estética às mulheres que desejam sentir-se melhor com os seus seios.

Quer o objectivo seja aumentar quer seja diminuir, as técnicas cirúrgicas estão cada vez mais afinadas para conseguir resultados naturais com o menor desconforto possível.

AUMENTAR OS SEIOS: Próteses de silicone

Em que consiste
Na introdução de ‘bolsas' recheadas de silicone nos seios. "O corte para introdução da prótese é feito na zona de transição da parte escura do mamilo para a clara. As cicatrizes têm no máximo 4cm e, passado pouco mais de um mês, ficam quase imperceptíveis", explica o cirurgião plástico João Baptista Fernandes.

São seguras?
"Hoje, é uma técnica muito segura. Com o gel de silicone antigo, se houvesse uma ruptura da prótese e a pessoa permanecesse com ela durante algum tempo, podia fazer uma reacção inflamatória local, para além de se perder todo o efeito estético. Punha-se ainda a hipótese de que micropartículas transpusessem a parede da prótese e pudessem provocar doenças inflamatórias ou reacções adversas. Mas hoje temos o gel de silicone coesivo, que é muito resistente - poderíamos cortá-lo com uma faca e ele ficava no sítio. Apesar de não serem indestrutíveis, não é uma pancada numa porta, por exemplo, que as rompe."

O tamanho certo
"Normalmente, o cirurgião plástico aconselha o tamanho adequado para a estatura, largura do tórax e tipo físico da pessoa. Para além disso, costumo pedir que me tragam uma fotografia com um exemplo do volume de peito que estão a pensar para si. A maior parte das pessoas pede algo proporcional ao seu tipo físico."

Preço médio: 5500 euros

REDUZIR O VOLUME DOS SEIOS: Mamoplastia de redução
Problemas ortopédicos ou posturais, obesidade, entre outros, podem levar à necessidade imperativa de reduzir o tamanho do peito.

Em que consiste
"É feito um corte na vertical, que parte da zona da auréola, e outro no sulco abaixo da mama, para se retirar o que está a mais", explica João Baptista Fernandes. A cirurgia é feita com anestesia geral e requer internamento de 24 horas.

Pós-operatório
A doente sai com pequenos pensos impermeáveis nas suturas. Durante um mês deve usar um sutiã especial, semelhante ao que é usado na cirurgia de aumento, e nos 15 dias seguintes não deve fazer grandes esforços, como pegar em pesos ou em crianças ao colo. Ao fim de oito dias pode conduzir.

Cicatrizes
Ao contrário da cirurgia de aumento, a de redução "deixa cicatrizes mais extensas e visíveis, mas que ficam bastante mais disfarçadas seis meses a um ano depois".

Preço médio: 6000 euros.

Pós-operatório
"A cirurgia obriga a um internamento de 24 horas, após as quais a paciente sai com um sutiã especial, que deve manter por duas semanas. Deve ter algum cuidado com esforços intensos, como desporto ou pegar em crianças ao colo, durante esse tempo. Mas as rotinas do dia-a-dia e o trabalho conseguem fazer-se 24 horas depois."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dieta durante a gravidez: comer por dois ou fazer dieta?

Muitas grávidas aproveitam os nove meses de gestação para se vingarem dos sacrifícios alimentares que fazem ao longo do ano. Outras, com pavor de ficarem com um grama a mais, restringem tanto o que ingerem durante a gravidez que põem em perigo a sua saúde e a do bebé. Onde pára a sensatez?

Durante a gravidez, os cuidados com o corpo e a alimentação devem ser redobrados porque nem tudo aquilo que comemos habitualmente pode ser saudável, ou essencial para garantir uma boa gestação e desenvolvimento do feto. Os órgãos do seu bebé necessitam de proteínas, cálcio, ferro, vitaminas e hidratos de carbono para se desenvolverem adequadamente, por isso, a grávida não deve ‘vingar-se' em bolos e gelados diariamente, nem conter-se de tal maneira que aquilo que come não chega para alimentar os dois.

Tempos de fartura

"Assim que soube que estava grávida desatei a comer desalmadamente. Como adoro chocolate, comprava quantidades industriais e comia todos os dias pelo menos uma barra grande. Cheguei ao fim dos nove meses com mais 30kg e com o médico a pôr as mãos na cabeça porque não só o aumento de peso foi exagerado como desenvolvi diabetes gestacional. Na segunda gravidez controlei-me, até porque ainda fiquei com uns pneuzinhos extra do Miguel", confessa Conceição Barros, 39 anos.

A história de Susana Henriques, 38 anos, é em tudo semelhante, e a professora de inglês confessa que as três gravidezes serviram de desculpa para "desatar a comer doces e batatas fritas de empreitada. Conclusão: por cada um dos meus filhos engordei uns 25 kg e nunca perdi o peso todo de uma gravidez para a outra. Cheguei ao fim do terceiro filho com muitos quilos a mais. Seis anos depois, ainda estou a tentar livrar-me de dez quilos que teimam em agarrar-se às coxas".

Geralmente as mulheres queixam-se que voltar a ter a silhueta que tinham antes da gravidez é extremamente difícil, mas aumentar exageradamente de peso - geralmente os médicos aconselham um ganho de nove a 12kg - é nocivo em várias vertentes, não só em termos estéticos. Ora veja:

. Causa maiores problemas de coluna, dores nas pernas, varizes e fadiga do que é normal;
. Os partos vaginais são mais penosos;
. Há a possibilidade do bebé ter peso a mais e vir a sofrer, mais tarde, de doenças como obesidade ou diabetes;
. A recuperação no pós-parto que é bastante mais difícil.

Obsessão pelo corpo

Numa altura em que o culto do corpo tanto se faz sentir - e de vermos as actrizes e modelos a terem filhos e a voltarem ao peso normal enquanto o diabo esfrega um olho -, era de esperar que a pressão para ter um corpo fantástico, mesmo grávida, fosse ‘absorvida' pelas futuras mães.

"Quando as minhas amigas souberam que estava grávida, todas me disseram para não me ‘desleixar'. Contaram histórias de mulheres que continuavam gordíssimas depois de terem os filhos e cujos casamentos se tornaram um inferno. Enfim, uma pressão horrível. Resolvi ir a um nutricionista que me aconselhou a seguir uma dieta... só que a minha obsessão era tal que cortava as doses para metade e continuava a fazer ginástica como antes. A mais de meio da gravidez, o médico ‘encostou-me' à parede, ou eu tomava juízo ou ia ter problemas porque o bebé não estava a crescer como devia", conta Sandra S.

Cada vez mais mulheres têm pavor de aumentar o peso, receando que, após o parto, não consigam voltar a ter o mesmo corpo que possuíam antes de engravidar. John Challis, professor da Universidade de Toronto e director do Instituto de Desenvolvimento Humano, afirma que "as mulheres necessitam de se alimentar correctamente antes de pensar em engravidar. Períodos de fraca nutrição ou restrição alimentar, como dietas sem controlo médico, poderão comprometer o desenvolvimento das glândula pituitária e endócrinas do bebé, o que poderá afectar o desenvolvimento de outros órgãos." A mesma opinião é partilhada pela médica ginecologista e obstetra Manuela Calado Araújo, "não engordar é bastante prejudicial, podendo originar carências nutricionais básicas para a mãe e para o feto com atraso do crescimento intra-uterino e parto pré-termo, com todas as consequências que daí advêm'. Então, a pergunta impõe-se...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dicas muito úteis para conseguir que o seu dinheiro 'estique'

É em tempos de crise que surgem as grandes soluções. Siga as nossas ideias para cortar nas suas principais despesas, dos gastos energéticos às compras, e viver melhor com menos.



Desde que a palavra crise se instalou nas nossas vidas como um fantasma bolorento, cada vez nos sobra mais mês no fim do dinheiro. Se é verdade que, na maioria dos casos, não podemos aumentar as receitas - os aumentos são quase utópicos e trabalhos extra são difíceis de arranjar e conciliar -, teremos que reduzir as despesas.
Não é o Orçamento-Geral do Estado, mas aplica as mesmas regras. Seguem-se algumas dicas e ideias úteis para todos. Se somar as pequenas quantias em casa, nos transportes e créditos, o total poupado vai, certamente, surpreendê-la!

TRANSPORTES


Preços de combustíveis

Mantenha-se actualizada. Já existem páginas de internet feitas com o contributo dos condutores/consumidores portugueses com a lista das gasolineiras mais baratas do País, divididas por distrito. É o caso do Mais Gasolina - http://www.maisgasolina.com/ -, onde pode encontrar o posto de abastecimento mais próximo e a actualização permanente dos preços dos combustíveis.

Aproveite os descontos. Alguns super e hipermercados dão vales de desconto para o combustível mediante o valor das compras. Junte os vales e use-os quando abastecer.

Ao volante por menos dinheiro

É o que propõe a Carris com o Mob Carsharing, um serviço de rent-a-car bastante mais barato, que se destina a condutores que façam uso ocasional do carro em Lisboa, em percursos curtos. Por isso, se o seu conta-quilómetros não ultrapassa os 15 mil km por ano, esta solução pode ajudá-la a poupar até quatro mil euros anuais em manutenção, combustível, seguros e outras despesas. Os 12 carros para já disponíveis podem ser levantados e deixados em seis parques espalhados pela cidade. Saiba mais sobre preços e condições de adesão em http://www.mobcarsharing.pt/.

Vá à boleia, dê boleia
Organize-se em grupos de pessoas que morem ou trabalhem na mesma zona e estabeleçam um esquema de boleias em que cada um dos colegas leve o carro ou partilhe as despesas. Chama-se a este sistema carpooling. Em Portugal, existem comunidades organizadas na internet, como os sites http://www.deboleia.com/ e do http://www.carpool.com.pt/. O primeiro é mais vocacionado para viagens ocasionais de longo curso; o segundo, percursos diários de casa para o trabalho e vice-versa. É sempre mais seguro viajar com pessoas que conhece, mas não custa tentar.

Troque o ‘rodinhas' pelo passe social

O seu orçamento para deslocações diárias de casa para o trabalho pode baixar para metade ou até dois terços do que gasta em combustível. E já que tem de passar mais tempo em transportes, aproveite-o para pôr a leitura em dia ou ouvir a sua música preferida.

Poupe com uma condução económica

Se ainda não está convencida dos benefícios dos transportes públicos e acredita que é impensável viver sem carro, faça uma condução com menos gastos associados.• Poupe o acelerador e reduza a velocidade para ver os seus consumos baixar.• Verifique a pressão dos pneus a ‘frio' (antes de ter andado 3km com o carro). Usar pneus com menos atrito de rolamento reduz o consumo de combustível em cerca de 5%.• Evite travagens a fundo. • Modere a utilização do ar condicionado e economize até 20% de combustível.• Viaje leve: cada 50kg de carga a mais aumenta o seu consumo de combustível entre 1% e 3%.• Evite instalar barras e bagagem no tejadilho ou suportes para bicicleta. Quanto maior o atrito aerodinâmico, mais o automóvel consome.

EM CASA

Substitua as lâmpadas incandescentes

Uma lâmpada fluorescente compacta - as economizadoras - consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente normal. Têm um período médio de vida de 15 mil horas, 15 vezes mais do que as tradicionais. Por ano pode poupar €6 por cada lâmpada economizadora, segundo a EDP. Utilize-as sobretudo nas áreas mais frequentadas da casa, onde as luzes possam ficar acesas mais de quatro horas por dia.

Torneiras e máquinas com nível de eficácia hídrica

A partir deste ano, as torneiras e máquinas de lavar loiça e roupa já contêm informação sobre a eficiência hídrica, tal como os electrodomésticos com os rótulos de eficiência energética. Esteja atenta.

Água - Gota a gota se faz a poupança

Cada português desperdiça, em média, 50 litros de água por dia, segundo estimativas da Quercus. Para uma família de Lisboa, os encargos com o desperdício chegam aos €6 mensais; no Porto, esse valor ultrapassa os €11. Algumas medidas podem fazer a diferença:

• Reduza o tempo do duche para dois ou três minutos. Ligar a água, desligá-la, ensaboar-se e voltar a ligá-la para se enxaguar é o ideal.
• Cada descarga de autoclismo gasta entre 10 e 15 litros de água. Reduza a descarga colocando uma garrafa cheia de areia no depósito.
• Não lave a loiça com água corrente. Deixe de molho os recipientes mais sujos para a lavagem ser mais fácil.

Desligue a televisão, não a deixe em standby. Faça o mesmo com o computador, aparelhagem e DVD. Segundo a EDP, esta medida pode poupar-lhe uma média de €37 por ano na factura.


Melhore o isolamento térmico da sua casa

Os equipamentos de climatização representam uma das maiores fatias em gastos de energia nas nossas casas. Mas se investir no isolamento térmico, a conta de electricidade pode descer consideravelmente, defende a EDP.

• Isolando o sótão de uma moradia média de três pisos pode poupar €345 em cada Inverno.
• Tecto e paredes isoladas economizam até 30%.
• Instalar vidros duplos reduz esta fatia em 10%; se calafetar portas e janelas, poupa mais 5%. No Inverno, deixe o sol entrar e aquecer a casa, levantando os estores e abrindo cortinados.
• Se já tem equipamento de climatização, baixe um grau ao que o termóstato costuma marcar.

Durante as tarefas domésticas

Com um pouco de organização poupa bastante dinheiro.
• Lave a roupa a 40º, poupa 46% de energia. Use a carga completa.
• Quando usar a máquina de lavar loiça, faça-o com a carga máxima e num programa ‘eco'. Este limita a temperatura da água e de secagem a 50º/55º, bem como o consumo de água, poupando-lhe 25% de energia. Limpe bem os filtros.
• Desligue o ferro de engomar 5 minutos antes de acabar de passar a roupa.
• Desligue o forno 10 minutos antes do final do tempo de cozedura recomendada.
• Descongele o congelador quando a camada de gelo for igual ou superior a 5 milímetros. Quando ultrapassa esta medida, os consumos aumentam 30%.

Já baixou o spread do seu crédito à habitação? Faça-o de novo!

Muitos bancos praticam spreads abaixo dos 0,5%. Se o seu está cima de 1%, renegocie-o. Antes de pedir que revejam o spread, peça simulações de transferências de crédito a outros bancos e apresente-as.
• Desde Setembro de 2008 que os bancos não podem cobrar comissões de revisão de spread. Mas alguns continuam a fazê-lo. Como a nova legislação proíbe a cobrança de taxas pela ‘análise' dos casos, estas instituições dizem que esta já era gratuita, cobrava-se era a ‘alteração' efectiva. Cuidado!


Quantos cartões de crédito tem?

Limite-se a um: dá jeito quando viaja, e as taxas pagas por compras e levantamentos no estrangeiro são menores do que num cartão VISA Electron. Não se esqueça que, apesar da primeira anuidade ser oferecida, as restantes são pagas - os preços começam nos €25, o valor que economiza por ano e por cartão. Opte por pagar as despesas feitas com ele logo de uma vez, ou no mínimo de prestações possíveis para diminuir os juros pagos por ele. E siga a regra de ouro: não o use para pagar bens que já não existem quando chegar a conta do cartão de crédito.

COMPRAS

Dê uma oportunidade aos artigos em segunda mão
Cadeias como Cash´Land ou Cash Converters (ex.: Alfragide, tel.: 21 418 11 61) têm lojas espalhadas pelo País, onde pode comprar, mas também vender, artigos em segunda mão, como electrodomésticos, artigos de electrónica ou instrumentos musicais. Da roupa de bebé aos artigos para surfistas, encontra sites na internet onde pode comprar mais barato (como no Trapos e Companhia, http://trapos-companhia.blogspot.com/).

Leve o almoço para o trabalho; tome o pequeno-almoço em casa. Medida de poupança importante e tantas vezes descurada. Continuará a ter de comprar comida, mas poupará até €100 por mês.

No supermercado

• Não vá com fome ou terá tendência para trazer mais comida do que a que realmente precisa.
• Faça uma lista de compras, não saia de casa sem ela e limite-se aos itens.
• Experimente os produtos brancos; em muitos casos, a qualidade não fica nada a dever aos de marca e a poupança pode ir dos 30 aos 50%.
• Não compre algo que não precisa mesmo, tentada pelas fantásticas ‘promoções'.
• Produtos frescos, como fruta, legumes, carne e peixe, podem sair-lhe mais barato no comércio tradicional.
• Não faça compras no dia de pagamento; é mais fácil sentir-se tentada a pensar que tem mais dinheiro do que na realidade tem.

Compre e venda livros escolares com desconto

Chama-se ‘Clube dos Livros', e serve para vender, comprar e trocar manuais escolares. As reduções podem ir até aos 70% - recebe 20% do valor de capa se vender e descontam-lhe 50% se comprar. Uma vez que o tempo de vida dos livros de escola vai até aos seis anos, esta pode ser uma ideia útil para a maioria das famílias.

O valor dos livros são dedutíveis no IRS. Basta registar-se no site http://www.clubedoslivros.pt/. Para mais informações, consulte este site ou o tel.: 21 469 18 92.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aproveite o tempo quente

Não passe o Verão sem…
Deitar-se à sombra a dormir? Pois também, mas há tanta coisa interessante, original e fácil que se pode fazer para tornar mais divertidos os dias de calor.


...Aproveitar o melhor do sol

Não! Não, o melhor do sol não é pôr-se à torreira na Caparica entre a 1 e as 3 da tarde! Primeiro porque o nadador-salvador foi almoçar, e depois porque é muito mau para a pele. Olhe bem para aquelas pessoas que apanham muito sol, e repare bem como é que está a cara delas. Caso ainda não saiba, o sol é o pior inimigo da pele, e é o principal agente de envelhecimento. Pode apanhar um bocadinho porque ninguém vai passar o Verão fechada em casa a jogar à sueca, mas por favor, escolha um factor de protecção alto e esqueça os óleos para bebé, a não ser que queira fritar na frigideira e servir-se a si própria acompanhada de batatas fritas.

...Mimar-se

Aproveite para fazer tudo o que não tem tempo para fazer durante o resto do ano: máscaras, massagens, cremes anti-celulite, e se tiver paciência, pinte unhas artísticas com vernizes diferentes. Já que está com a mão no verniz, pinte as unhas dos pés com uma cor a condizer com o biquíni. E deixe de perder tempo com coisas inúteis como secar o cabelo: dê um descanso ao seu secador e deixe o cabelo secar ao ar.

...Imitar os cangurus

Sempre que tiver um tempinho (e um espacinho também convém) imite as crianças (ou pelo menos, as crianças do tempo das nossas avós): salte à corda. É fácil, é barato, e pode não dar milhões mas dá imensa energia e, se for feito com dedicação, ainda queima aquela fatia de cheesecake que comeu ao almoço.

Ganhar a medalha do bronze

Pois, pois, o sol é o principal inimigo da pele, mas gosta mesmo é de andar bronzeada? Então escolha um autobronzeador. Ao contrário do que se pensa, desde que seja bem aplicado não deixa a pele às manchas e a maioria dá um ar muito natural. Vantagem: não se chega ao Inverno com a pele pior que uma ameixa seca.

...Render-se ao cor-de-rosa

Se é daquelas que sempre usou esta cor e passava a vida a ouvir bocas dos amigos a perguntarem se vinha do infantário, este é o Verão em que pode finalmente vingar-se e vestir cor-de-rosa à sua vontade. Se sempre achou que não fazia muito a sua onda, vingue-se nos modelos sexy com alças. Se não puder usá-los para trabalhar, leve-os a passear à noite...

...Mexer-se, mas com calma

Se esteve o ano inteiro de pés para cima e o mais que mexeu foi o dedo indicador (do comando) e o polegar (do telemóvel), não desate de repente a fazer jogging com aquela sua prima que corre todos os anos a meia-maratona. Quem tem filhos pode aproveitar: as crianças são treinadores pessoais encartados. Jogue à bola, cave buracos no jardim, faça castelos de areia, jogue à apanhada, faça batalhas de almofadas, dê passeios de bicicleta, vão ao campo apanhar flores, amoras ou caracóis, aprendam os dois a patinar. Quem não tem filhos ou não está desperta para os encantos dos treinadores pessoais, pode dar uns passeios à volta do quarteirão em passo acelerado (não, não entre na loja dos trezentos). Faça uma experiência: ande sem parar. Assim que encontrar um obstáculo (um semáforo, a sua vizinha do 2º) em vez de ficar parada a abanar-se, vire imediatamente na primeira esquina e continue a andar.

...Comprar um saco às flores

Pode parecer um pormenor sem importância, mas em termos de humor faz toda a diferença andar por aí a tropeçar em 36 sacos de plástico ou andar a balançar um saco colorido onde cabe tudo.

...Pedalar à noite

Uma ideia que tem cada vez mais adeptos são os passeios de bicicleta... nocturnos. Como apesar de tudo não convém sair por aí à meia-noite sozinha e a assobiar, reuna alguns amigos e aproveitem o fresco da noite para dar umas boas pedaladas. Os passeios nocturnos podem ser românticos, divertidos, desportivos, emocionantes, não se apanham insolações, e além disso pode escolher um itinerário diferente todos os dias. Convém apenas escolher sítios calmos e não desatar a pedalar pelo viaduto Duarte Pacheco abaixo.

...Organizar piqueniques

Nem todos têm de ter aquelas produções elaboradas dos piqueniques de filme inglês, em que parece que se trouxe tudo de casa incluindo colchão de molas, esquentador e terrina de canja. Com boa vontade, uns sumos, uma sanduiches e uma manta já fazem a festa. Se tem crianças, não se esqueça de trazer uns brinquedos, porque nem todas se entretêm duas horas a estudar amoroso carreiro de formigas.

...Aprender finalmente a fazer arroz de pato

Já reparou que comemos quase sempre as mesmas coisas todos os dias, só para não nos darmos ao trabalho de pensar em qualquer coisa diferente? Chega! Declare guerra à comida do costume! O sushi a quem o trabalha! Nem é que torne a nascer transformada em fada do lar disposta a realizar todas as fantasias gastronómicas da sua família, mas a culinária também é uma arte, e no Verão temos mais tempo para desenvolver as nossas artes preferidas. Para quem não for dada às artes, há receitas facílimas de fazer. Pegue nos livros de culinária da ACTIVA e escolha já os pratos que mais lhe apetecer, e nem pense em perguntar opinião aos seus filhos: a resposta há-de ser sempre ‘hamburguer'.

...Aprender finalmente a não fazer nada

É mais difícil do que parece e praticamente impossível para quem tem crianças, mas também é uma excelente desculpa para pôr as crianças na avó. Comece por fazer todas aquelas coisas que geralmente só há nas fotografias e nunca ninguém faz: deitar-se no chão com as pernas apoiadas à parede, e concentre-se no silêncio e na sua respiração. Feche os olhos e anote mentalmente: o que é que ouve dentro do silêncio? Fique assim o máximo de tempo que conseguir. Se adormecer, melhor. Sonhe com os anjos.

...Recuperar alguns prazeres infantis

Ande de baloiço (se for um baloiço sólido e não um daqueles que parecem fraldas para menores de 6 meses, claro). Faça desenhos com canetas de feltro. Faça colagens. Leia livros infantis. Leia livros que a façam rir. Leve cassetes e cante no carro. Faça colecções de pedras. Escreva um diário. Observe as rãs.

...Transformar conchas em velas

Primeiro passo: andar de rabo para o ar naquelas praias onde ainda há conchas. Não aconselhável a quem tem celulite? Pode sempre usar a canga salvadora à roda da cintura, e além disso as crianças amam catar conchas.
Segundo passo. Comprar pavios (existem na maioria das boas drogarias ou nas lojas de artigos religiosos) e areia para velas (na maioria das lojas dos trezentos) e fazer velas artesanais que dá zero de trabalho e faz imenso efeito.
Terceiro passo: Aproveite o pretexto das velas e dê uma grandiosa festa de Verão. Ou então convide o loiro giro amigo do seu primo Francisco para jantar e impressione-o com o seu jeito para... ah... trabalhos manuais.

...Dar um tempo às crianças

Se está mesmo falha de paciência e os seus neurónios têm os fusíveis em baixo, tente o seguinte: dê uma folga à parte de si que educa as crianças. Durante uns dias, não lhes ralhe, não lhes mande fazer nada, não lhes pergunte se já fizeram os trabalhos, e não lhes diga para tirarem os cotovelos da mesa, cumprimentarem a avó e não baterem no irmão, mesmo que lhe apeteça muito e ache que deva. Fique só a observar. Pode ter algumas surpresas.

...Entrar no túnel do tempo

Embarque na onda retro: investigue em armários seus, das suas amigas e das suas tias, mascare-se e tire muitas fotografias (as crianças costumam adorar isto). Se gostar de decoração, resgate peças velhas que possam ser recuperadas, e se ainda estiver em espírito de celebrar, lance uma década como tema e faça uma festa de amigos onde cada um virá vestido a rigor. Convém é não ser a Festa da Carmen Miranda, porque poucas cabeças têm estofo para aguentar um ananás...

...Fazer um biquíni de croché

Tem a vantagem de poder escolher exactamente a cor e o tamanho que lhe interessa, e além disso é muito fácil. Muito fácil para quem sabe fazer croché, obviamente, mas se não sabe, que tal convocar os serviços da sua mãe, da sua avó ou da sua tia Manuela?

...Conseguir viver sem estimulantes

Há alimentos potencialmente estimulantes que podem agravar o nosso stresse natural: o café, o chá preto, as bebidas com cola, o chocolate, o álcool, os doces, os produtos carregados de aditivos. Cortar pode ser complicado: muitos deles são hábitos sociais, outros são consolações, e de outros nem sequer temos noção. Mas pensar nisso já é meio caminho andado. Faça o que pode para diminuir o hábito, gaste um bocadinho de tempo a ler os rótulos daquilo que compra, pense duas vezes antes de estender a mão para o açúcar, beba chá verde em vez de chá preto e controle o n.º de cafés.

...Reconciliar-se com a celulite

Tem celulite? Pois tem, mas também tem uns lindos olhos, um sorriso hipnotizante e uns neurónios fabulosos. Esqueça as pragas à família da sua mãezinha que lhe legou os genes da casca de laranja. Esqueça as pragas às louras que passam à sua frente na praia e que não têm um grama da dita casca. Esqueça as pragas aos cremes que afinal não fazem milagres. Esqueça aquela cena de andar às ‘arrecuas' pela areia fora a dizer adeus até entrar na água para que o mancebo que ficou na toalha não contemple um grande plano do seu rabo. Se estivermos sempre a pensar na coisa, acabamos por não viver a vida. Não se deixe aprisionar pelo seu próprio corpo e pelas imagens de beleza que nos impõem. Vá à praia, vá ao ginásio, vá usando os cremes, e quem não quiser que não olhe. Aliás, caso não tenha reparado, a maioria das pessoas está muito mais ocupada a olhar para si própria do que para as outras.

...Desconfiar das saladas

Uma salada não é necessariamente um pratinho light. Até pode ter só alface e tomate, mas geralmente também tem variados molhos, e não são de iogurte. Peça sem molho, ou então escolha outra coisa.

...Construir um mar privado

Dá-lhe vontade de rir aquelas imagens dos nossos avós com os pés de molho? Mas pode ser uma excelente ideia. Pegue no maior alguidar que conseguir arranjar, cubra o fundo com areia e pedras da praia, deite-lhe algum sal marinho, e pronto, já tem um mar em miniatura onde dar exercício aos pés.

...Adaptar o seu treino

Se é uma adepta do ginásio mas no tempo de calor se sente com menos vontade de se mexer, umas alterações podem fazer toda a diferença: faça exercício nas horas de menor calor, de manhãzinha ou ao fim da tarde. Não se esqueça de beber água e não julgue a água que lhe falta por aquilo que sua: é que a maioria dos ginásios tem ar condicionado, que é seco, e num ambiente seco o suor evapora-se mais rapidamente. Se não tem vontade de andar aos pulos, escolha as modalidades mais calmas, ioga, bodybalance ou natação.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Parque Zoológico de Lagos celebra Dia da Árvore com dia recheado de actividades

Parque Zoológico de Lagos celebra Dia da Árvore com dia recheado de actividades
No âmbito do Dia da Árvore, que se assinala a 21 de Março, o Parque Zoológico de Lagos promove actividades didácticas relacionadas com a importância do ambiente.

No Ano Internacional da Biodiversidade, o Parque Zoológico de Lagos assinala o Dia da Árvore e comemora a chegada da Primavera com um dia repleto de diversas actividades, que pretendem sensibilizar os visitantes para a importância de preservar o ambiente. O evento vai contar com a presença de Maria João Abreu, que apadrinha o parque desde a sua inauguração.

Neste dia especial, o bilhete tem o custo de 5€, tanto para crianças como para adultos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Decifre os pesadelos do seu filho

Monstros, baratas ou perseguições infindáveis. Estes são alguns dos temas recorrentes dos sonhos dos mais novos. Conhecer o seu significado é a chave para os ajudar a vencer os medos infantis.

Todos os dias de manhã, sente-se com os seus filhos à mesa do pequeno-almoço e introduza um pequeno jogo: cada um dos elementos da família conta qual foi o sonho da noite anterior.

Pode parecer tempo perdido, mas se lhe dissermos que os pesadelos são o tipo de sonhos mais comuns nas crianças (uma em cada quatro, entre os cinco e os 12 anos. tem pesadelos uma vez por semana) e que reflectem muitos dos seus medos, compreende-se que "os pais tenham, através deles, um acesso directo aos pensamentos e experiências dos filhos e que é da maior importância serem capazes de interpretá-los, de forma a ensinar as crianças a entendê-los também", como lembra Pamela Blosser, autora do livro ‘Interpreting Dreams for Self-Discovery' (Interpretar os Sonhos Para o Auto-Conhecimento).

1."Há um monstro no meu quarto"
Debaixo da cama ou escondido no armário, verdes, azuis ou amarelos, com uma boca descomunal ou garras afiadas, as crianças sonham recorrentemente com estes seres irreais, mas que lhes provocam imenso medo.
O que significa: O seu filho está stressado por causa de uma pessoa (por exemplo, um professor menos simpático) ou devido a uma determinada situação (o teste de matemática dessa semana ou porque vai ser chamado ao quadro).
O que pode fazer: Tente identificar qual o motivo que está na origem dessa ansiedade. Por outro lado "assegure ao seu filho que, quando cresceu, por vezes também se sentia perturbada, mas isso não significa que esteja em risco, com problemas ou que precise de ter medo", lembra Gillian Holloway, autora do livro ‘The Complete Dream Book (O ‘Livro Completo dos Sonhos')

2."Mãe, estou a cair"
Seja do alto de um prédio, de uma montanha russa ou da varanda, é normal eles sonharem que estão em queda livre.
O que significa: Pode sentir que alguns aspectos da sua vida não estão seguros (por exemplo, ter medo que um amigo se afaste ou que um dos pais desapareça).
O que fazer: Faça o que estiver ao seu alcance para lembrar ao seu filho que há elementos estáveis na sua vida (por exemplo, que os pais estarão sempre presentes na sua vida). "Discuta também, se ele quiser, as coisas que podem causar -lhe instabilidade: apenas o acto de partilhar é reconfortante, dado que ele compreende que não há mal em ter medo e que, se estiver preocupado, a mão estará lá para ouvi-la", salienta Gilliam, Holloweay.

3."Há baratas em todo o lado"
Estes desagradáveis insectos desempenham muitas vezes o papel de personagem principal nos pesadelos do seu filho.
O que significa: O medo de enfrentar situações inesperadas ou a sensação que está a ser ultrapassado pelos acontecimentos, como mudar de escola ou de casa
O que fazer: Gilliam Holloway aconselha os pais a "apontar-lhe elementos de estabilidade" (‘vamos estar todos juntos na casa nova, por exemplo) e "a fazerem com que essas mudanças sejam os mais suaves e previsíveis possíveis" (‘os teus brinquedos vão estar no teu quarto novo'). E faça o possível para controlar a sua própria ansiedade pois se a criança a ‘apanha' no ar, os seus esforços para o acalmar caem por terá.

4."Estão atrás de mim"
Ser perseguido por homens ‘maus' e ter de superar imensos obstáculos para não ser apanhado, sendo muitas vezes capaz de voar para vencer as dificuldades, é um das causas mais vulgares de terrores nocturnos.
O que significa: A criança tem que enfrentar um desafio específico na vida (o primeiro dia de aulas, por exemplo) que a perturba, sendo que os maus representam a pressão a que está sujeito e o facto de conseguir voar uma espécie de válvula de segurança.
O que fazer: Gilliam Holloway assegura que, neste caso, não tem de se preocupar: "o sonho denota o sentido da desafio que a criança encara, mas também lhe dá pistas sobre as habilidade e inteligência que se estão a desenvolver para serem aplicadas nos anos vindouros."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

'Alice No País das Maravilhas": o filme mais esperado do ano está a chegar

Há rainhas loucas, chapeleiros envenenados, portões mágicos, chávenas de chá, e até lagartas que fumam. ‘Alice no País das Maravilhas’, de Tim Burton, estreia já a 4 de Março.

‘Alice no País das Maravilhas' é daqueles livros que toda a gente acha que leu e poucos de facto leram. Já para não falar na ainda mais fantástica ‘sequela', ‘Alice no Outro Lado do Espelho', onde acontece isso mesmo: Alice atravessa o espelho e vê-se num mundo onde tudo está subitamente ao contrário.

Isto para dizer que convém ter lido os dois antes de se atirar àquele que é talvez o filme mais esperado de 2010. Claro que não é imprescindível: todos os universos de Tim Burton valem por si. Mas pelo menos, já sabe ao que vai...

Esta ‘Alice' não é uma adaptação dos livros, mas mais uma continuação. Alice já cresceu, não se lembra de nada, e regressa ao país das maravilhas para encontrar tudo num caos: a rainha vermelha tomou o mundo de assalto, e Alice vai ter de salvá-lo.

Percebe-se o fascínio de Burton por Carrol: o mestre do ‘nonsense' inglês virava o mundo de pernas para o ar para ‘desabituar' os nossos olhos da forma como vemos habitualmente e nos fazer pensar não apenas sobre aquilo que vemos mas sobre a forma como o vemos. ‘Alice' não é um mundo onde nada faz sentido: é um mundo onde todos os sentido se põem em causa, onde há espaço para todos os nossos medos, dúvidas e irrealidades que fazem parte daquilo que somos. E Burton vai aproveitá-lo para explorar ao máximo esse país onde sonhos e realidade se confundem.


Dos coelhos às meninas

Lewis Carrol, de seu verdadeiro nome Charles Dodgson, era um professor universitário de matemática, pacato e gago, que tinha duas paixões na vida: a primeira era uma paixão por jogos, puzzles e dilemas. Aliás, conta-se a história da ocasião em que Carrol foi levado a conhecer a rainha Vitória. Entusiasmada com as histórias de Alice, Vitória pediu a Carrol que lhe mandasse todos os seus outros livros. Carrol obedeceu: dias depois, a rainha recebia um monte de... tratados de matemática!

A segunda paixão de Carrol era o hábito de fotografar meninas pequenas (segundo o próprio, não tinha nenhuma paciência para rapazes). Até que ponto era uma paixão inocente continua a discutir-se e há-de continuar, sendo que nem as meninas nem o próprio Dodgson cá estão para nos elucidar, mas tudo leva a crer que se resumisse a uma vitoriana obsessão pela inocência, tão arredada das nossas preocupações actuais...

A Alice verdadeira era um dos seus ‘modelos', que Carrol levou para passear de barco numa tarde de verão. Para a entreter começou a contar-lhe as aventuras de uma menina chamada Alice, como ela. Alice, com 10 anos, gostou tanto da história que lhe pediu que a escrevesse, e assim nasceu ‘Alice no País das Maravilhas'.

Como se pode ver ainda hoje pelas fotos que sobreviveram, a Alice verdadeira era muito diferente do modelo de Alice loura que sempre foi a voga desde que assim foi desenhada, com ondas de cabelo louro, pelo primeiro ilustrador, sir John Tenniel, em 1865. Segundo a lenda, Carrol terá enviado ao ilustrador a fotografia de outra criança... Fosse pelo que fosse, a Alice verdadeira permaneceu pequenina, morena e feia, ao contrário de todas as Alices louras que desde então povoaram o mundo.


Enfim, mas se estiver a pensar levar as crianças, pense duas vezes: nos Estados Unidos o filme foi considerado PG (Parental Guidance) em vez de para todos, por duas razões: porque havia fantasia violenta e porque... há uma lagarta que fuma. Francamente, Carrol devia ter pensado nisso.
Há quem diga que o seu próximo projecto de Burton é o recontar da história da Bela Adormecida, desta vez do ponto de vista da bruxa. Por enquanto, não passa de um rumor, e Maléfica não prestou declarações...


Quem é quem:
- Mia Wasikowska - Uma quase desconhecida actriz australiana de 20 anos, nem queria acreditar quando foi escolhida para representar Alice. Burton afirmou que a escolheu pela sua ‘seriedade e compostura vitorianas'.
- Johnny Depp - O actor-fetiche de Tim Burton, especialista em personagens estranhas, está de volta como o Chapeleiro Louco, alegadamente louco devido ao envenenamento por mercúrio, com que os chapeleiros do sec. XIX trabalhavam.
- Helena Bohnam Carter - Como a Rainha Vermelha, a irmã mais velha da Rainha Vermelha, quase tão louca como o Chapeleiro mas sem o mercúrio.
- Anne Hathaway - A Rainha Branca, tão excêntrica e dramática como a irmã mais velha, mas cheia de medo de ir mais longe do que o lado luminoso da vida. Anne descreveu-a como uma "punk-rock e pacifista vegan.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

AJUDE-OS A LIDAR COM O STRESSE ESCOLAR

Novas matérias, testes, professores com quem não se dão bem, muitas exigências: são muitas as situações que podem pôr o seu filho à beira de um ataque de nervos. Dou-lhe pistas para ajudá-lo a acabar com a ansiedade.

As exigências e pressão não afectam a apenas os adultos no seu quotidiano louco. As crianças também se vêem a braços, todos os dias, com novos desafios, matérias mais complicadas na escola e com a necessidade de tirarem boas notas. Para que o stresse não comece a pesar-lhes demasiado cedo, há que dar-lhes rotinas e até ensiná-los a relaxar. Ana Paula Reis, psicóloga clínica no NUPE (Núcleo de Psicologia do Estoril), especializada na área cognitivo-comportamental e em questões pedagógicas, dá aos pais algumas pistas úteis.

Modere as suas expectativas
A tentação de querermos que os nossos filhos sejam os melhores é grande. Mas quando soa o alerta de que estamos a ser demasiado rígidos e exigentes com eles? "As crianças aprendem por modelagem, ou seja, absorvem, de forma quase inconsciente, os padrões de comportamento paternos. Pais muito ansiosos e com uma postura muito exigente face a resultados e perfeccionismo, transmitem essa mensagem até através da sua linguagem corporal", explica Ana Paula. "Uma ansiedade moderada é positiva, porque serve para a criança aprender a lutar pelos seus objectivos. Mas se for demasiado grande, o jovem sente-se incapaz de atingir esse patamar de exigência e acaba por entrar num nível de ansiedade grande. Isto pode definir o seu sucesso ou insucesso escolar. Por vezes os pais misturam as suas próprias necessidades com as dos seus filhos." Ou seja, não projecte nele os sonhos e expectativas que tinha para si mesmo. Pode estar a fazê-lo inconscientemente.
A ansiedade pode ser ainda pior se a criança já teve experiências anteriores de insucesso, nem que seja uma nota negativa que não foi bem recebida em casa. "As pessoas tendem a sobrevalorizar a falha em vez do sucesso. Quando os pais o fazem, a criança interioriza um quadro de falta de competência e a mensagem ‘eu não sou capaz'. Isto gera baixa auto-estima e faz com que a criança não se valorize", aponta a psicóloga. Mas, no meio de tanta disciplina, existem, de certo, aquelas para as quais ele tem mais inclinação. "As crianças com notas baixas em ciências são, geralmente, boas em letras, e vice-versa. Mas há disciplinas em que, geralmente, todas são boas e gostam: o Estudo do Meio (no primeiro ciclo) e Área de Projecto."

Competitividade, sim... mas com limites
Competir é saudável. Põe-nos a fasquia sempre um pouco mais acima e obriga-nos a querer mais e a aspirar à excelência. Mas numa época em que ser o melhor ganha importância cada vez mais cedo, também pode ser uma faca de dois gumes. "É importante valorizar o sucesso e os jovens que se empenham em tirar boas notas. Mas a competitividade só é saudável se for partilhada", observa a Ana Paula Reis. "Os bons alunos devem ser motivados a ajudar os que não são tão bons e aprenderem a não ficar numa plataforma de superioridade que inferiorize ou humilhe os colegas. Aqui há uns tempos voltou-se a falar dos Quadros de Honra. Acho óptimo que existam mas devem ter uma adenda: estes jovens devem ser premiados mas também educados na partilha da sua competência com os colegas."

Boas soluções anti-stresse
- Fale com o director de turma logo no início do ano, sobretudo se o seu filho for mais introvertido e se escapa sempre às perguntas sobre como vai a escola com um evasivo ‘Normal...' ou ‘Vai bem...'. Estas conversas regulares dão-lhe, não apenas a noção de como vai ele de aproveitamento escolar, mas também se faz amigos ou como evoluiu emocionalmente. Fale, ainda, com o professor se o seu filho tiver demonstrado alguns sinais de ansiedade, em casa (ver caixa).
- Procure um psicólogo. "É difícil avaliar um filho imparcialmente, por isso há que pedir ajuda a um técnico", aconselha Ana Paula Reis. "Por mais boa vontade que tenham, muitos pais transformam um problema pequeno numa grande tempestade." Ao mesmo tempo, um técnico pode ajudar o seu filho com técnicas de relaxamento físico e mental para ultrapassar a ansiedade.
- Cuidado com as suas palavras!: "Os pais devem ter cuidado com o que dizem e fazem, a sua linguagem não verbal. É totalmente diferente ouvir uma mãe dizer, perante uma nova matéria ‘olha que desafio interessante' ou ‘que problema!'"
- Viva a rotina!: Nós, adultos, habituámo-nos por vê-la como uma vilã, mas a verdade é que as rotinas são essenciais para o desenvolvimento das crianças e jovens. "Quando é respeitada rigorosamente, a rotina dá-lhes segurança e tranquilidade", explica. A repetição e as rotinas fazem-nos poupar tempo e energia mental que, de outra forma, gastaríamos nos improvisos diários. E essa energia é essencial para estudar. Um jovem em fase de exames, pode ter uma agenda, horário ou tabela com as rotinas do seu dia-a-dia, encaixado no seu estilo de vida."
- Não esqueça as pausas: Ana Paula Reis advoga uma pausa de meia hora por cada três horas de estudo, para o corpo recuperar, sobretudo para aquelas maratonas de estudo para exames que o seu faz no ensino secundário e superior.
- Estimule-o a fazer exercício: "É óptimo porque provoca uma maior oxigenação cerebral e liberta toxinas", diz a psicóloga. Por outro lado, a ansiedade é canalizada para o esforço físico e a mente fica mais liberta: "Como nos concentramos no esforço físico, a parte emocional - e, logo, a ansiedade - fica para segundo plano."
- Mantenha um diário: "É muito importante. Na abordagem cognitivo-comportamental trabalhamos com um caderno onde apontamos os sentimentos negativos e positivos. Ao fazê-lo, o jovem escreve a forma como se relaciona, pensa e sente a realidade", explica Ana Paula. Este diário acaba por ser essencial para quem está a ser seguido por um psicoterapeuta: o seu conteúdo é partilhado com ele, durante o processo de terapia, e serve para apontar causas e soluções para o stresse e ansiedade.
- Não esqueça a brincadeira: O organismo está programado para o equilíbrio, e ele próprio pede descanso, actividade, lazer. "Dentro das rotinas diárias deles tem de ser contemplado um horário para a brincadeira. O relógio biológico diz-lhes que, apesar de estudarem até às cinco, por exemplo, têm depois tempo de brincar. Quando os meus filhos eram pequenos, tínhamos aquilo a que eu chamava ‘a hora da asneira'. E era sagrada! Quanto mais cedo se introduzirem estas rotinas nas crianças, mais depressa ela as interioriza de modo a que façam parte do seu relógio biológico."
- O problema pode não ser falta de estudo: O seu filho parece não atinar com a leitura, a professora queixa-se de que ele parece estar sempre nas nuvens? "Pode não ter a ver com preguiça de estudar. O problema pode estar relacionado com dislexia, défice de atenção, problemas auditivos ou visuais." Se não forem diagnosticados logo de início, podem desencadear na criança a sensação de que está atrás dos outros contribuir para uma baixa de auto-estima.
- Elimine o seu próprio stresse: "Pais stressados criam crianças stressadas", observa Ana Paula. O primeiro passo para ensinar o seu filho a combater a ansiedade é ele poder ver em si um bom exemplo disso.

Detecte os sinais de ansiedade no seu filho
A ansiedade é saudável e normal em todos: ela ajuda-nos a preparar-nos para desafios difíceis. Mas, quando ultrapassa as fronteiras, pode interferir negativamente com a estabilidade emocional do seu filho. Eis alguns dos mais comuns:
- Recusa em ir para a escola
- Expressão triste, calada ou taciturna quando regressam a casa
- Comportamentos de isolamento e introversão
- Vómitos
- Noites mal dormidas ou alterações do sono
- Febres e erupções
- Recusa em comer ou perda de apetite
- Irritabilidade

Contactos úteis:
Nupe - Núcleo de Psicologia do Estoril
Tel. 21 467 10 97 / 96 500 89 29
http://www.nupe.pt/

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Crédito à habitação: vantagens de renegociar o crédito

A alteração das condições do empréstimo pode ser feito a qualquer altura do contracto e são diversas as possibilidades ao seu dispor para pagar menos todos os meses. Saiba quais são as melhores.

-Negoceie o spread. "É a melhor solução", como realça João Fernandes, da DECO, principalmente porque alguns créditos contraídos há mais de dez anos apresentam spreads de 2,5%, o que é completamente desactualizado para o contexto actual: "negoceie junto do seu banco, alegando que, como já amortizou uma parte da dívida e a garantia do banco se manteve a mesma (a sua casa), o risco para a instituição é menor". Se o seu banco levantar dificuldades, procure outras instituições de crédito e avalie as suas propostas, sendo que alguns deles pagam parte dos custos que advém da liquidação antecipada do empréstimo. Mas atenção: faça as contas entre o que poupa com o novo spread e esse valor.

-Alargue o período de anos do empréstimo: em Portugal há bancos que chegam a emprestar dinheiro a cinquenta anos, desde que a idade de um dos preponentes não ultrapasse os oitenta anos no final desse período. Porém, como alerta João Fernandes, da DECO, "isto diminui as prestações mas, no final do empréstimo, terá pago mais juros, pelo que deve ser encarada como uma solução de necessidade".

-Pague só juros durante alguns anos, ou seja, estabeleça um período de carência de capital. Isto significa que pode requerer ao banco o estabelecimento de um período (entre os cinco e os dez anos), durante o qual só paga os juros do empréstimo, sendo o restante capital solvido nos anos seguintes. Isto pode implicar custos administrativos a cobrar pela instituição, além de acarretar, como é óbvio, prestações mais elevadas findo o período de carência.

-Peça para pagar uma percentagem do capital no último ano do contrato - É outra das soluções possíveis e consiste em transferir cerca de 30% do valor do empréstimo para uma última e única tranche. É a solução indicada para quem tem expectativa de melhorar a sua vida financeira dentro de alguns anos, reunindo o capital necessário para proceder ao pagamento sem sacrifício.

- Amortize o empréstimo. Segundo a DECO, sempre que possível convém amortizar antecipadamente o seu crédito habitação. Ao fazê-lo, mesmo que as taxas de juro continuem a subir, pode-se abater o aumento da prestação mensal. No entanto, há que ter em conta as penalizações que o banco pode cobrar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estamos a educá-los para um mundo que não existe?

São crianças ou adolescentes, colam-se à televisão, querem todos ser ‘famosos’ e vivem numa realidade feita de imagens. Mas como é crescer quando se cresce dentro do ecrã?
A tendência está a ser notada por pais e professores: as crianças e adolescentes estão a viver cada vez mais através da televisão. Os heróis deles são os da telenovela, aderem sem pensar a tudo o que lá aparece, compram aquilo que lhes querem vender, e a maioria delas tem muito poucas experiências de vida para além daquelas que ‘vivem' em segunda mão.

Segundo um estudo do Fórum da Criança, apresentado no 2º Seminário de Marketing Infantil, que estudou crianças portuguesas dos 4 aos 12 anos, ver televisão ocupa a maior parte do tempo livre para 95% delas! De acordo com estatísticas americanas, 70% dos infantários têm televisão. Num ano, uma criança passa 900 horas na escola e quase 1023 horas em frente de um ecrã. "E não é apenas o ecrã da televisão," nota Sara Pereira, socióloga da Universidade do Minho, responsável por vários estudos sobre as crianças e a televisão. "O mundo delas é feito de muitos ecrãs: o da televisão, o do computador, o da playstation..."

O perigo do excesso de novelas
À partida, a televisão nem seria grande culpada: "Ela é, em si mesma, um excelente meio de educação," defende a psicóloga Teresa Heitor Ferreira. E se todos nós chegamos a casa e gostamos de ver a telenovela, sem pensar em tristezas, quem é que tem coragem de negar esse enorme prazer às crianças? A televisão é, nas nossas vidas, o equivalente às guloseimas: um bombom de vez em quando adoça-nos. Mas se nos alimentarmos exclusivamente deles, ficamos obesas. Estarão as nossas crianças a correr o risco de ficarem ‘obesas' de alma? E que consequências é que isso terá na sua vida?

"O problema é que a grelha de programação obedece mais a interesses económicos do que educativos", nota Teresa Ferreira. E esta ‘dieta' perversa é a alimentação espiritual exclusiva de muitas crianças. "O que me parece mais preocupante é que vivem pregadas a um único género de programa: a telenovela", explica Sara Pereira. "Se essas novelas fossem discutidas, até podiam ser elementos interessantes. O problema é que elas são consumidas, tanto por pais como por filhos, absolutamente sem reflexão. E, como eles só vêem aquilo, em termos culturais, sociais e pessoais, isto limita muito uma geração! Se elas tivessem oportunidade ou motivação para verem outras coisas, a televisão podia até servir para abrir horizontes, mas isso não está a acontecer."

Além do mais, as crianças estão a ser ‘cobaias' de um novo género, a novela infantil. "Até aqui tínhamos a telenovela para adultos que as crianças também viam. Hoje em dia, há telenovelas feita especialmente para os mais novos", explica Sara. "Os ‘Morangos' são mais reais, a ‘Floribella' mais fantasiosa, mas se os jovens tivessem oportunidade de conhecer outras realidades, o facto de verem telenovelas para mim não seria nada preocupante. O que me preocupa é que o mundo deles actualmente só passa por ali."

Quando a imaginação ‘morre'
"A televisão é indissociável da actual organização da sociedade: consumo rápido e excessivo, ritmo de vida frenético, culto da aparência, pouca preocupação com as relações, mundo imaginativo mais pobre, sonhos de mão dada com o verbo Ter. A família é menos participativa nas actividades das crianças e estas crescem sozinhas - e mal acompanhas pela televisão", resume Teresa Ferreira. "Muitas crianças têm a televisão como única companhia", reforça Sara. "Isto é uma questão social muito grave que todos acham normal mas que devia estar a preocupar-nos: estamos a ficar terrivelmente ‘apertados' em termos de horizontes."

A questão é precisamente essa: que horizontes dá um ecrã às crianças? Ao que parece, muito limitados... "Preocupa-me a existência de crianças isoladas, deprimidas, pouco imaginativas, que não sabem conversar, muito longe do desenvolvimento de todas as suas potencialidades, pouco expressivas, pouco empáticas com os outros: corremos o risco de estar a criar crianças anestesiadas," nota Teresa Ferreira.

A perda da noção de esforço
Curiosamente, é nos adolescentes que esta influência mais se nota. E nas duas especialistas, a conclusão é a mesma: as noções de tempo, espera e esforço desapareceram dos ecrãs e correm o risco de desaparecer da vida deles. "A noção de tempo na televisão e na vida real é totalmente diferente: quer o tempo da tarefa em si, quer o tempo em termos mais latos, o tempo de espera", explica Teresa. "Quer nos ‘Morangos' quer na ‘Floribella', está sempre a acontecer muita coisa e o próprio ritmo das tarefas mais simples, por exemplo, pôr a mesa, é acelerado. Isto pode levar à ideia de que não temos que nos sujeitar a esforços, nem a tempos de espera para atingir os nossos objectivos. E a dificuldade em gerir os ritmos de tempo e esforço pode ter consequências nos estudos e até na vida adulta."

"Mesmo nos ‘Morangos', vemos um colégio, mas quando é que os vemos a estudar? Nunca!", desabafa Sara. "Ficamos com a sensação de que a verdadeira vida é cá fora, que eles estão apenas ali a passar o tempo e que aquilo não tem relação nenhuma com o futuro deles! E, depois, na impossibilidade de confrontar isso com outras realidades, os mais novos pensam que é assim que se leva a vida, na boa..."

O papel da família está ameaçado
Problemas e conflitos da vida, quando os há, são apresentados nas telenovelas sem qualquer elaboração: "Isto pode resultar numa confusão de valores entre aquilo que a televisão transmite e o que lhes é passado pela família", nota Sara. "Por exemplo, em muitos desses produtos um adulto nunca é um facilitador, um orientador, é sempre um entrave à vida deles. E nós sabemos que não é assim, que na vida ‘real' os jovens gostam e precisam de orientação. Claro que isto ajuda à progressão da história e à criação de conflito, sem o qual não há novela, mas as coisas não podem ser tratadas dessa maneira!" Isto pode levar a uma falta de rumo na vida deles. "Eles hoje entram muito mais cedo no mundo dos adultos, mas, de facto crescem cada vez mais tarde, e a adolescência prolonga-se para dentro de um mundo de estufa, que os impede de se afirmarem mais cedo. Por exemplo, só às portas da faculdade é que começam a perceber que é preciso estudar."

Profissão: famoso
Ah, chegar à faculdade, escolher uma carreira: mas como é que se escolhe uma carreira pela lei do menor esforço? "Quando se trata de escolher uma profissão, os adolescentes de hoje são ao mesmo tempo muito ambiciosos e cada vez mais irrealistas. Enquanto para alguns a ambição é um trampolim, para muitos resulta em desapontamento e desânimo e não optimismo e sucesso." Estas são palavras do sociólogo americano John Reynolds, que comparou os planos de carreira e depois as verdadeiras carreiras de adolescentes em 1976 e 2000, e percebeu que a diferença entre os planos e a sua concretização cresceu de forma abismal entre as duas datas.

"A noção de realização, para muitíssimos adolescentes, não passa por uma ‘carreira', mas por qualquer coisa que dê fama", nota Teresa Ferreira. "Ouve-se muito nos reality-shows, quando lhes perguntam porque é que estão ali, eles responderem: ‘para ser famoso'. Querem ser ‘famosos' como se famoso fosse uma profissão em si. Não vêem a fama como uma consequência de qualquer coisa, vêem-na como um objectivo a atingir - e de forma fácil."

A forma como o trabalho é apresentado nas telenovelas para adolescentes não ajuda: "Repare nas profissões que eles têm, quando as têm: trabalhar num bar de praia... É qualquer coisa apresentada como levezinha e divertida. A adolescência é-lhes prolongada com todas as consequências que isso possa ter.""A imagem que é transmitida é sempre de facilidade", confirma Sara. "Por exemplo, seria interessante os pais e professores lerem com as crianças algumas reportagens sobre a vida dos actores que mostram como de facto aquilo pode ser um trabalho duro, que exige esforço. Porque muitas vezes os jovens não distinguem entre o papel representado e a pessoa que o representa. Eles querem ser ‘conhecidos', mas nem se interrogam sobre o que significa a fama, e como é que isso se repercute na vida de uma pessoa. Não sabem quantos ‘famosos' tiveram de deixar os estudos para trás, nem quantos deles se vieram a arrepender da opção que tomaram."

Ou seja: "Aquele mundo que parece tão bom quando comparado com a ‘seca' da escola pode parecer-lhes bem melhor que o deles, mas conversem com eles sobre essas questões!" Faz muita falta essa reflexão com as crianças, talvez porque os próprios pais não a façam, e sejam muitas vezes tão deslumbrados e inocentes como elas...

Acompanhe o seu filho
Reflexão, consciência: estas são palavras-chave para impedir que os mais novos estejam a ser educadas por estranhos. "As séries e telenovelas não terão grande ascendência se a família for organizada e com influência nas suas crianças", explica Teresa Ferreira.

Ou seja, lembre-se sempre que você é mais forte que qualquer telenovela. "Uma relação parental presente e de qualidade vai mediar, direccionar e atenuar os conteúdos menos adequados," explica Teresa. "Mesmo um ‘mau' programa, quando é objecto de conversa entre pais e filhos, pode ser educativo. Pelo contrário, se for visto por uma criança desacompanhada, que não tenha idade para aceder aos seus conteúdos, pode ser perturbador. Também a cultura da imagem e do prazer sem esforço são mensagens que entram mais facilmente se há pouco tempo de convívio com os pais, se, no fundo, estes não conseguem ser modelos que se sobrepõem aos do ecrã."

Teresa aconselha os pais a retirarem a televisão do quarto das crianças e a desligá-la durante as refeições. "Chamem a atenção para determinados programas que achem interessantes e vejam-nos com eles. Tenham DVDs (escolhidos em conjunto) à mão para quando as crianças ficam a ver televisão sozinhas. Atenção que proibir não é uma boa ideia, porque o fruto proibido é sempre o mais apetecido, mas mostrem outras opções, conversem, direccionem."

Por que não levá-las de vez em quando ao seu trabalho? Tire-as de casa, desenvolva as suas capacidades, converse com eles para que aprendam a conhecer os seus pontos fortes e fracos, leve-as a viajar, leve-as a casa dos seus amigos, explique-lhes o que eles fazem. Ou seja: mostre-lhes que há muito mais na vida do que aquilo que vêem nas telenovelas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Foi você que pediu uma caução?

Se o seu contrato de electricidade, água ou gás é anterior a 1999, a caução que pagou na altura tem de ser-lhe devolvida. Explico-lhe o que tem de fazer.


Talvez não se lembre, mas se fez um contrato com os serviços de água, gás e electricidade antes de 1999, estas companhias teriam de reembolsar-lhe o valor da caução. Só que, na maioria dos casos, isso não aconteceu e o assunto caiu no esquecimento. Em Abril passado, um novo decreto-lei veio obrigar estes fornecedores a fazerem uma lista dos consumidores a quem ainda não devolveram o dinheiro para que a restituição possa ser feita. No caso da EDP, por exemplo, já foi devolvido o equivalente a 40 milhões de euros, mas a empresa ainda detém 24 milhões correspondentes a cauções nunca reclamadas. O valor das cauções podia variar entre os seis e os 400 euros.

Se acha que faz parte dos consumidores a quem nunca foi devolvida a caução, não se preocupe, porque ainda vai a tempo. As listas deverão ser publicadas nos editais das juntas de freguesia e em dois jornais de grande circulação.Este é, aliás, o grande problema, segundo o jurista Luís Pisco, da Deco: 'Quem tenha mudado de casa dificilmente terá condições para ir consultar os editais.' Por isso mesmo, a Associação de Defesa do Consumidor deverá também publicar estas listas no seu site: http://www.deco.pt/. O prazo para definir quais os jornais em que serão publicadas as listas e em que data, bem como a forma de efectuar a devolução, termina este mês. Depois desta publicação, e se o seu nome constar da lista, tem 180 dias para reclamar o crédito junto dos serviços. Esteja atenta por estes dias.

Quem reclama sempre alcançaSe está a pensar que a maior parte das pessoas não irá reclamar e que as empresas de fornecimento de água, luz e gás irão acabar por ficar com a maior parte das quantias, fique a saber que isso também foi pensado. Todas as cauções não reclamadas irão reverter para um fundo a favor do Instituto do Consumidor que servirá para financiar campanhas de divulgação, por exemplo. De qualquer forma, o jurista da Deco não deixa de salientar que 'o importante não é tanto o valor da caução, mas o princípio; somando milhares de cauções, as quantias não são nada desprezíveis e, sobretudo, é dinheiro indevidamente cobrado'.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Já pensou alguma vez: "ELA É MINHA COLEGA OU MINHA RIVAL?

Quem já teve dores de cabeça com um colega de trabalho, sabe do que falo: alguém que lhe delega as responsabilidades e fica com os louros, que faz queixa ao chefe, que inventa discussões ou que lhe rouba a promoção. Aqui fica o manual de sobrevivência anti-‘sabotagem’...

Em qualquer emprego é natural que haja diferença de opiniões, discussões, e empatias pessoais mas, para que o trabalho flua e a equipa funcione, a sinceridade e frontalidade são fundamentais. Infelizmente, nem sempre isso acontece e há, muitas vezes, quem, na sombra, sabote o nosso trabalho. Conheça dois casos em que a rivalidade profissional chegou a tal ponto que fez com que o ambiente de trabalho se tornasse um inferno.

Uma sucessão de conflitos

Carolina (nome fictício), hoje com 26 anos, tinha acabado de sair da Faculdade de Engenharia da Universidade de Coimbra, quando conseguiu um emprego como engenheira estagiária na Ilha do Faial, nos Açores, em Janeiro de 2000.

Na empresa, os funcionários trabalhavam em equipas de engenheiros estagiários e seniores, orientando estes os mais novos, assumindo tarefas de maior responsabilidade. A relação de trabalho entre Carolina e a sua sénior, era boa: "Havia bastante intimidade entre nós. Mas notei que ela não tinha experiência suficiente e que tinha o hábito de me passar tarefas que devia ser ela a resolver. Depois sentia-se mal, porque eu estava a ter o protagonismo. Mas o facto de me estar a sair bem estava-me a causar problemas", aponta Carolina. "O caricato é que ela me confessava os seus pontos fracos, ao que eu respondia: ‘Não há problema! Fazemos as duas, perguntamos!"Mas a engenheira sénior não demorou a informar o chefe que achava que Carolina não respeitava a hierarquia.

Aproveitando a baixa de parto desta engenheira sénior, o patrão substituiu-a por alguém com mais experiência. Foi pela nova sénior, uma engenheira brasileira, que Carolina ficou a saber das queixas da ex-colega. "Ainda tentei falar com o chefe, mas não pareceu interessado. Não queria que uma pessoa, acabada de sair da faculdade, lhe desse problemas, quer tivesse ou não razão."

No entanto, a nova colega revelou-se ainda pior. "Tinha uma grande necessidade de protagonismo, ocultava os seus fracassos e era muito hábil a delegar trabalho aos outros e a ficar com os louros", recorda Carolina. "Para além de ser incompetente, ocultava-me informação de trabalho. Era muito conflituosa e arrogante. Optei por falar com ela e discutimos."

Para evitar as situações por que tinha passado anteriormente, Carolina passou a recusar-se a fazer os trabalhos de maior responsabilidade, da competência da engenheira sénior. "Ela passou todo o meu trabalho a outra estagiária e deixou-me sem nada para fazer, dizendo ao chefe que não conseguia trabalhar comigo."

A ironia é que esta engenheira sénior acabou por ser despedida, depois de sucessivas queixas dos empreiteiros das obras de que era responsável. Apesar de já sentir por Carolina uma certa antipatia, o chefe nunca conseguiu encontrar defeitos nos seus trabalhos. Os empreiteiros com quem trabalhava davam boas informações da estagiária.

Devido a tantas queixas e tensão, Carolina entrou em depressão e pediu a demissão, apesar de a aconselharem a ficar para ‘limpar a sua imagem'.

Hoje, conclui que deveria ter optado por ficar nos bastidores. "Fui ingénua. Expus-me demasiado. Devia ter ficado mais na sombra." Isso mudou bastante a sua forma de encarar as relações laborais. "Hoje, separo as amizades das relações de trabalho. Para fazer um verdadeiro amigo, no emprego, essa pessoa tem de me provar que merece mesmo a minha confiança."

A Sabotadora

Há poucas coisas tão irritantes como aquela colega que nos olha de lado quando passamos por ela no escritório. Conceição Francisco, 40 anos, conheceu esta sensação há cinco anos, quando trabalhava num banco. Uma das colegas já tinha fama de ser conflituosa e Conceição depressa assim o constatou. "Olhava-me por cima do ombro, ouvia as minhas conversas ao telefone. Não gostava de mim, e havia ali alguma inveja, apesar de eu nunca ter percebido porquê."

Foi então que começaram a surgir situações estranhas: dados que desapareciam misteriosamente, outros que eram registados em duplicado. Conceição tinha a certeza de ter realizado correctamente aquelas operações.

Tudo corria mais ou menos normalmente, até ao dia em que desapareceu um documento importante, uma ordem dada por um cliente. "Perguntei às minhas colegas se tinham mexido no documento e todas me responderam que não. Desesperada, procurei-o até às nove da noite, sem o encontrar." O director, que ainda estava na empresa, viu luz acesa no gabinete e foi até lá, saber o que se passava. "Expliquei-lhe a situação e ele disse-me para ter calma e procurar na secretária das minhas colegas. Eu disse que não fazia isso, uma vez que já lhes tinha perguntado por ele." Então o director apontou para a secretária da colega com quem não se dava bem e perguntou: "Já viu ali?" E lá estava ele, no fundo da pilha de papéis da colega que o negara ter visto, nessa tarde. "O director disse-me para o voltar a pô-lo no lugar e que no dia seguinte já sabia o que tinha a fazer. Foi uma noite muito longa e angustiante."

No dia seguinte, Conceição confirmou à chefe de departamento que achara o documento. "Então chamei por essa minha colega e disse-lhe: ‘Por favor, entregue o documento porque eu achei-o no seu cesto de papéis. Encontrei eu e o director.' A partir daí, nunca mais uma operação minha foi duplicada ou desapareceu alguma coisa. Não tenho dúvidas que foi de propósito. Não se defendeu, não pediu desculpas, não procurou as chefias para explicar a situação. Foi apenas por maldade."

A génese do problema

Há mil e uma razões para surgirem as rivalidades como estas: divergências de opiniões laborais, personalidades incompatíveis, inveja do cargo alheia, insegurança. "60% dos nossos problemas de relacionamento têm por base uma má comunicação", afirmam Soledade Sousa Morais, da Invesco Transearch, e Margarida Dias, da Bright Partners, ambas executivas especialistas em gestão de recursos humanos. "A conflituosidade existe, é inevitável e, por si só, não é necessariamente negativa. Faz parte da natureza e está tão presente nas empresas como na família, nas instituições, nos grupos. Todos nós conhecemos casos que acabam por tomar proporções muito dramáticas, como demissões em bloco, despedimentos questionáveis ou incompatibilidades profissionais e pessoais bloqueadoras", dizem as especialistas. "Mas, as capacidades de negociação treinam-se e desenvolvem-se; podemos aprender a controlar melhor o nosso nível de stresse e as nossas emoções."
Mas há soluções para evitar estas tensões. As empresas de executive search, vulgarmente conhecidas como ‘caçadores de talentos', procuram cada vez mais gestores com capacidade de gerir conflitos pessoais. E, nas economias mais desenvolvidas, recorre-se a um modelo de distribuição ‘por quotas' de mulheres e homens, de diferentes grupos etários, de formações académicas e especializações técnicas díspares. Tudo para fomentar a convivência com a diferença. "Um ambiente empresarial misto será mais rico, produtivo e eficaz", referem as duas especialistas.

Só as mulheres se dão mal entre si?

Quem fala de uma ‘Liga de Cavalheiros', onde não há lugar para rivalidades abertas e intrigas, pode não estar a ser muito fiel à verdade. Apesar de ter tido um conflito com uma mulher, Conceição Francisco admite: "É um mito. Um homem alcoviteiro, traiçoeiro, mau colega, consegue ser mais dissimulado e confunde-nos mais: estamos à espera que essa situação parta de uma mulher e não de um homem. Penso é que as mulheres são mais dadas à conversa."
As especialistas concordam: conflitos não têm sexo. "Não é exclusivo de homens ou de mulheres ser mais ou menos conflituante ou ser mais ou menos tolerante. Tem mais a ver com os níveis grupais ou individuais de aceitação da diversidade." Margarida Dias acrescenta que se trata de uma ideia feita, muito difundida: "Resta saber se não passa mesmo só de uma ideia feita. Há tempos, uma executiva muito conhecida no mercado e com quem trabalho há muito tempo, convidou-me para almoçar dizendo: ‘Desta vez não é trabalho. É que estou a precisar de poder falar de verniz, croché... sem chocar ninguém!"